Memória do Meu 1º Voo


       Era minha primeira viagem de avião, e ele estava prestes a decolar. Afivelei o cinto, deixei a poltrona na vertical e o avião começou a subir; achei tudo tão mágico, vi ali todas as leis da física sendo aplicadas. Também fiquei muito grato a Santos Dumont, pelo fato dele ter inventado o 14 bis, o primeiro avião a decolar e o primeiro a ser inventado.
       Mas minha história não é sobre Santos Dumont, muito menos sobre as leis da física. A minha história é sobre o momento mágico que presenciei, ou digo que presenciei, na minha primeira viagem.
        Quando estava lá em cima, quando o avião estava em cima das nuvens e eu visualizava a lua em plena manhã, vi uma enorme luz em nossa atmosfera. A princípio achei que fosse a luz do Sol, mas ao identificar melhor percebi que tratavam-se de almas. 
        Cada uma tinha um jeito diferente, pelo fato de carregarem as singularidades de quando estavam em matérias. Percebi também que nem todas quando estavam materializadas haviam sido boas, mas agora, ali naquele lugar, todas elas eram.
         Entretanto, um detalhe ocorreu-me e não deixei passar despercebido: as almas estavam todas de mãos dadas, logo entendi que era um símbolo de que elas haviam superado as suas diferenças. Rezavam em sussurros para que o mundo fosse um lugar melhor e para que as pessoas fizessem como elas e simplesmente dessem as mãos.
         Ao mesmo tempo que rezavam por pessoas melhores, também usavam de todas as suas energias para não deixar que o planeta se acabasse, pois muitas e muitas gerações precisam e viverão aqui. Usavam de suas energias para regenerar o planeta e para torná-lo propício a boas vivências
         Escutei o piloto falar que íamos aterrissar, nesse meio tempo perdi esta linda visão de vista. Mas esta é uma memória que nunca esquecerei.



Victor dos Anjos

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