As 'Maravilhas' do Governo Bolsonaro

Estamos a mais de 200 dias sob a gestão do Jair Messias Bolsonaro, sendo assim, faz-se mais que necessário expor o que a atual gestão produziu, ou efetivou, nesse período citado. Pará além de vieses antagônicos ao governo, essa matéria tem um total compromisso com a verdade e com o futuro da nação brasileira.

O Presidente Bolsonaro nunca foi conhecido por ser uma pessoa polida. Nesses 28 anos em que esteve como deputado federal, sua trajetória foi marcada por escândalos, muitas vezes gerados pela própria figura. Essas polêmicas eram acerca da sua postura preconceituosa mediante aos direitos LGBTI, ou, sobre o seu desacato a deputada Maria do Rosário, ou ainda, sua constante defesa da Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Também há o fato de todos os seus filhos terem sido colocados no meio político, caso de funcionários fantasmas, seus constantes ataques ao Partido dos Trabalhadores (PT), e outros.

Enquanto Presidente da República, o Sr Bolsonaro não procurou se distanciar da sua figura enquanto deputado, chegando a quebrar o decoro presidencial em alguns casos. A sua postura é extremamente passível de críticas; e isso não ocorre pelo fato do presidente ter eleito como canal de comunicação oficial do governo o Twitter, e sim, pelo mau uso de seu meio de comunicação oficial, bem como a permanente falta de respeito para com o seu cargo, e para com a nação brasileira.

O mau uso que ele faz do Twitter, pode ser perfeitamente ilustrado quando no período carnavalesco o sr Presidente fez um Tweet de uma atitude isolada, com a pretensão de manchar a imagem das pessoas LGBTI, onde um casal de rapazes estavam sendo obscenos no meio de um bloco. Mormente, situações assim são observadas no meio heterossexual, logo, quando o Bolsonaro realizou o Tweet, teve a total intenção, como já afirmado, de manchar a imagem das pessoas LGBTI.

Esse seu Tweet recebeu duras críticas ao redor do mundo. Primeiro, que o presidente de uma nação estava publicando materiais de cunho pornográfico, segundo que essa sua "denúncia" era claramente tendenciosa e um vetor do preconceito que se faz presente no atual gestor da nação (2019 - 2022).

Mormente, esse não foi o único tiro fora do alvo dado pelo presidente. Nos protestos do mês de junho, deste ano, ele insultou os manifestantes chamando-os de "idiotas úteis". Seu discurso é completamente violento para aqueles que são contrários às suas atitudes, ou aos seus posicionamentos. 

Outro ponto que se pode destacar, há um verdadeiro atentado para com a política do Estado Laico. Tanto o presidente, quanto um de seus ministros, no caso a ministra Damares Alves, afirmaram que o Estado é laico, todavia, eles são cristãos. Parece que ambas as figuras esquecem-se que estão à serviço do Estado, sendo assim, faz-se mais que necessário abster-se de suas particularidades em prol de um bem comum.

Para além das quebras de decoro, e nas manchas na imagem do Brasil, geradas pela gestão Bolsonaro, mundo afora, o presidente tem uma necessidade insaciável de realizar cortes em setores bases da nação. Por trás dessa compulsão dos cortes, está o desejo de privatizar áreas como a saúde e a educação. O velho lema: "sucatear, assim as pessoas pensam que o público não presta, para privatizar".

A sua gestão relativiza o trabalho infantil e as normas de segurança do trabalho, estimula a desconfiança ao voto na urna eletrônica, sendo que ele foi eleito pela mesma. E, apesar de todo esse amor para com os corte, a Sra. Michele Bolsonaro não poupou despesas para realizar uma reforma em uma das Salas da Esplanada.

Bolsonaro também usou de bens da república para fins particulares, quando questionado por jornalistas , respondeu de maneira irônica que "eu vou negar o helicóptero e mandar ir de carro?".

O completo descompromisso com a nação é notório, e apesar dele ter seus seguidores, a sua popularidade não está entre os melhores. Sendo assim, não há enganos em afirmar que Bolsonaro está entre os piores presidentes, senão o pior, que esta nação já teve. 

Uma gestão de hipócritas autoritários, que atentam diariamente contra os resquícios da democracia presentes no Brasil. Uma gestão que anseia por colocar tanques nas ruas, e despreza qualquer forma de crítica social. Uma gestão dos despreparados, que não possuem o mínimo de competência para administrar uma nação. Uma gestão cuja as maravilhas jamais poderão ser descritas, pelo simples fato de serem inexistentes.

Victor dos Anjos

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